quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Atividade Prática: Câmera de buraco de agulha ou Pinhole


Pinhole é um processo alternativo de se fazer fotografia sem a utilização de uma câmera fotográfica tradicional. A designação em inglês “Pinhole” pode ser traduzida como “buraco de agulha” por ser uma câmera que tem apenas um pequeno furo de agulha. Com a câmera Pinhole, a “escrita da luz” (fotografia) se democratiza: está ao alcance de todos.
Observe no esquema abaixo como a imagem é projetada no interior da câmera:


Como fazer
Você precisará de:
Caixa de sapato, ou lata de leite em pó com tampa. Tinta preta ou papel preto. Prego, martelo, fita isolante e agulha.
Um quarto escuro
Papel fotográfico Preto e Branco
Revelador, interruptor (opcional) e fixador para papéis fotográficos preto e branco, água
3 bandejas para acondicionar os líquidos
·         Como transformar a sua caixa ou lata em uma câmera escura.
Você poderá pintar o interior da lata ou caixa com tinta preta, ou utilizar papel preto para escurecer totalmente o interior.
Fure um pequeno buraco em uma das laterais da lata ou caixa.  Sobre o primeiro furo, cole papel alumínio e faça um novo furo concêntrico ao primeiro com a agulha.
  • Dentro do quarto escuro
Retire o papel fotográfico da caixa ou do envelope, sempre em um ambiente completamente escuro. Cuidado, pois os papéis fotográficos são sensíveis a luz. Caso você abra a caixa ou o envelope em local onde há luz, poderá velar todos os papéis. Para conseguir enxergar dentro do quarto escuro você poderá acender uma lâmpada vermelha.  
Corte o papel no tamanho desejado, insira o papel fotográfico na sua câmera, com a emulsão (parte brilhante do papel) virada para o buraco.  Feche a lata ou a caixa. Saia do quarto escuro, com o dedo sobre o buraco da pinhole, aponte sua câmera para a cena desejada e tire o dedo. Como o tempo de exposição à luz varia de acordo com o tamanho do furo e a quantidade de luz no ambiente, é difícil precisar quanto tempo de exposição será necessário. Para começar você poderá deixar cerca de um minuto em local claro e cerca de 3 minutos em um ambiente mais escuro.
Após a exposição feche novamente o buraco com seu dedo e volte ao quarto escuro para os procedimentos de revelação.
Insira o papel fotográfico na bandeja com o revelador, por cerca de um minuto.  Cuidado para que a imagem não fique muito preta. Retire o papel fotográfico com uma pinça. Nunca insira a mão na química. Transfira para uma bandeja com água, ou interruptor, por cerca de um minuto, retire com a pinça, transfira para a bandeja com fixador por cerca de cinco minutos. Lave em água corrente, por cerca de cinco minutos.

 Observações para as atividades práticas.
Tome cuidado ao manusear estes produtos químicos, pois são extremamente tóxicos. É recomendável a utilização de luvas e avental. Após o experimento é aconselhável lavar as mãos e o rosto ou tomar um banho.
Ilford e Kodak são duas boas marcas que comercializam reveladores e fixadores. É aconselhável utilizar papéis fotográficos e químicos da mesma marca.

Um comentário:

  1. Quando se estuda fotografia, que é algo tão comum em nossos dias, sempre se imagina a forma, expressão e sentimento que foi ávido nas pessoas que tiveram acesso a escrita da luz assim que os primeiros estudos sobre fotografia surgiram, a primeira tal foto. Penso nesses sentimentos: espanto, surpresa, curiosidade, medo; talvez. Quando fiz uma câmara escura de orifício pela primeira vez, me vi surpresa e maravilhada. Mas, ao mesmo tempo não queria me sentir tão espantada e me perguntava por quê me senti assim.
    Acredito que a tecnologia das câmeras digitais fotográficas me tirou esse sentimento de curiosidade de certos princípios fotográficos e isso só foi resgatado nas aulas de fotografia. Porque treina o olhar tão necessário tanto o meu ver tal foto, quanto ao utilizar minha câmera para tirar fotos com o olhar agora modificado a partir do estudo da câmera de buraco de agulha.
    ANA BATISTA (090105494)

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